sexta-feira, julho 25

Um tanto pra chegar em nada.

Estou de férias e, minha nossa, como eu gosto de estar de férias! Tem dias que eu penso que nasci pra ser madame. Não que madame não faça nada, mas madame tem a opção de fazer nada. Não que eu não possa escolher fazer nada - sempre se pode optar por isso - mas eu tenho que fazer algo da vida - e bem no fundinho, acho que eu preciso de "hey, daiane, você não é inútil" para calibrar o meu ego.
Mas eu realmente aprecio acordar tarde (mesmo que isso me deixe com mais sono e com dores no corpo), não sentir dor de cabeça por não ter dormido tanto quanto meu organismo necessita (e, sim, ele necessita mais que oito horas de sono), passar uma hora ou mais sentada na rua ou no meu quarto, apenas ouvindo música, sem ficar pensando "tenho coisas a fazer, tenho coisas a fazer e não vai dar tempo". Enfim, eu gosto de ficar em casa nas férias, com as minhas coisas, com a minha preguiça. E pra eu criar coragem de me arrumar e sair de casa, bem, o programa dever ser realmente bom. Na verdade, não basta ser bom, porque até o bom me dá preguiça. Eu apenas preciso estar com vontade de sair da inércia.
E é assim que eu curto as minhas férias, dando um tempo a mim mesma, tirando uma soneca no meu casulo. E isso me faz muito bem, porque interagir continuamente com as pessoas e com o mundo em si me sufoca. E, sinceramente, se eu posso escolher não me sentir sufocada, por que eu escolheria algo diferente? Não é uma questão de "aproveitar a vida" porque, na minha concepção dessa expressão (eu realmente não gosto quando as palavras rimam nos meus textos. Não há um motivo exato para isso.), aproveitar a vida não significa, necessariamente, sair "saracotiando" por aí. Não mesmo.
Hum... mas tudo o que escrevi aí em cima fugiu um tanto do propósito inicial desse texto. "Um tanto", eis uma expressão que eu gosto e uso bastante. Mas não vem ao caso. Minha intenção era falar de algo que tenho feito nas minhas férias (na verdade, faço durante o ano todo, mas não com tanta freqüência) que é baixar músicas. E eu tenho descoberto bandas realmente boas (na minha visão - ou melhor - audição - que é o que importa, não é, porque se eu acho bom ou ótimo, pouco me importa que outros achem péssimo e de mau gosto, mesmo que esses outros sejam o mundo todo). E realmente, se eu tivesse que escolher entre nunca mais escutar música e a vida de alguns seres humanos, bem, eu escolheria a música, com alguma culpa, é bem verdade, mas que se desvaneceria facilmente ao ligar o rádio. É por isso que tenho cuidado um pouco mais da saúde dos meus ouvidos. Já me basta envelhecer e carregar junto a minha miopia. Ficar surda seria realmente catastrófico, mas não vou falar mais disso, senão, como diz minha mãe: "Os anjos dizem amém." Não que eu acredite nisso, mas é melhor prevenir do que remediar. Ok, não sei se esse ditado se encaixa bem aqui, mas com ele eu concordo.
Já me perdi de novo. A prolixidade e eu, um caso de amor. Daqueles ardentes.
Eu ia falar um pouco do que tenho escutado e descoberto, mas, no momento, não estou me sentindo muito disposta a fazer isso. É, não tô. Vou escutar "Lua" e lembrar que eu não vi o Conor Oberst. E isso fez com que eu me lamentasse um tanto. Um tanto mesmo.
E talvez mude o layout desse blog, cansei desse verde. Deixando bem claro, não cansei do verde, e sim desse verde. Porque, como alguns sabem, eu sou um abacate ambulante. Falando em abacate, meu abacateiro não se prestou a dar filhotinhos esse ano. E eu me recuso a comprar abacate, não tendo um abacateiro gigante no pátio. Minha mangueira também não dá mangas, mas essa nunca deu mesmo. Que coisa.
Tá, chega.